Eu não preciso te chamar ou te convidar.
Nem preciso perder meu sagrado tempo falando alto para que você me ouça.
Besteira escolher uma roupa ou perfume que lhe chame a atenção.
Banal da minha parte querer te convidar para fazer isso ou aquilo.
Já não me esforço mais também para dar minha opinião sobre o que quer que se refira a ti.
Já não me importa mais se pensa em me trocar por outro.
Até as "nossas músicas" não faço mais questão de tirá-la para dançar.
Há tempos que eu até digo que te amo, mas, no fundo, acho que nem deveria mais lhe falar.
Sua presença?!?!?
Também já não me importo mais em cobrar.
Te explico, clara, direta e conscientemente, sem receios e sem me preocupar se me entenderás.
Para que te chamar ou convidar se você sabe a hora certa de chegar?
Não há a necessidade de erguer a voz, se sempre que possível sua atenção se volta às minhas palavras.
Sua atenção está sempre em mim, não é mais preciso querer me destacar.
Se tudo dividimos, momentos bons e ruins... já está em casa, já faz parte da minha vida, tudo surge de forma tão natural...
Nossas conversas se tornaram conselho, nossos pensamentos são muito similares, se trocamos idéias e nos influenciamos, por que querer opinar, não?
Depois de tudo que passamos, pareçe que até mesmo que tentemos, não conseguimos mais substituir um ao outro.
E aquela música que toca? A nossa?!?! Saímos de onde estamos e vamos ao encontro um do outro para poder curtirmos juntos... de forma tão natural, tornou-se um compromisso.
Pra que dizer que te amo?
Não sei, mas ainda insisto em dizer-te, mesmo sabendo que já não há dúvidas, ainda insisto em fazê-lo e, da mesma forma, entendo quando me diz.
Sua presença é suficiente, mesmo que menos constante, em virtude das cobranças da vida, porém, sempre certeira e muito especial.
Pensando bem... vivemos em suficiência a dose ideal para nossas necessidades.