segunda-feira, 20 de julho de 2015

Sobre o Amor (1)

Quem perde?
Quem ganha?
Nessa vida é assim.
São coisas que vão... são coisas que vem.
Pessoas que vão... pessoas que chegam.
Tudo se completa, muito rapidamente se esvazia.
Um dia temos tudo, no outro, temos nada e, se bobear, ainda estamos devendo para a vida.
Acertos, erros, certos, errados... tudo uma discussão infundada até que cresçamos e entendamos que, assim como nós, tudo faz parte de um processo de evolução.
Meio shakespeariano acreditar que a vida gira em torno de um grande amor.
Daqueles que, se não podemos ter, acabamos nos matando sem dar oportunidade para que uma nova oportunidade se faça viver.
Mas, é muito humano entender que quando o sentimento é intenso, ele te invade e se mostra insubstituível.
Até acredito que essa priorização de sentimento e conduta possa ser passageiro, mas, com o tempo, acredito que passa a faltar tempo para novas experi6encias.
Buscamos algo pronto, que nos complete e nos preencha sem a necessidade de termos que ficar lapidando e, como isso é muito difícil de se encontrar, acabamos por estagnar e ficar sonhando com o passado que poderia ter sido perfeito se fosse ao menos um pouco mais solícito, tolerante, igualitário e justo.
Se as feridas causadas recebessem o mesmo tratamento e, ou, o mesmo remédio. Se fossem dadas às curas o mesmo tempo de tratamento e recuperação, ou se acreditássemos que para a dor de amor tem cura e que o remédio maior é a paciência e a dedicação.
Quando a gente ama a gente cuida, a gente se dá, a gente se envolve e compra cada dor, cada momento de fraqueza como se fosse o nosso, tentando encontrar e aplicar a cura para que tudo fique bem.
Não morreremos por isso, ao menos não fisicamente nos tempos atuais e, se isso vier acontecer, pode ter certeza, todos velarão o finado com o nítido pensamento de que foi loucura, pois hoje em dia não se morre de amor.
Corremos sim o risco de encontrar alguém que aposte em nós, que se transforme, dívida sua vida, doe uma parte do seu amor para compor no outrem aquilo que falta e, com isso, fazer a magia da transformação. Aquela que transforma sapo em gente, que desperta as pessoas de um sono profundo, a mesma que inspirou os contos de fadas e, de forma muito clara descreveu a força do amor, mesmo que expresso no sentido figurado para que todos pudessem entender.
Pena que o grande amor se vai e só depois de muito distante e, muitas vezes, nos braços de outro alguém 'é que abrimos os olhos, aguçamos o pensamento e entendemos o que perdemos, o que deixamos escapar pela mão, o que abortamos do nosso coração então, será tarde!
Por isso, lutar em nome do amor nunca é demais, nunca é tempo perdido, pois o que não nos completa, também não nos esvazia, só vem para somar e, quando o assunto é amor, só vamos entender depois que experimentarmos, depois que tentarmos fazê-lo presente e realmente sentido em nossa vida.
Nunca é tarde.
Tarde é quando queremos declará-lo e não temos mais oportunidade de dizer ou viver, aquilo que demoramos para assumir sentir.
Tarde, é deixar passar cada oportunidade de dizer EU TE AMO àquela pessoa que bem sabemos ser merecedora da declaração e conhecimento do nosso sentimento.
Ninguém perde... mas alguém ganha, ou todos ganham, quando se sabe que alguém te ama, que você é amado ou quando você deixa claro à outra pessoa amá-la!


** texto originalmente publicado no perfil facebook em 31-12-2014

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