Olá!
Antes de qualquer coisa confirmo: “Sim... ando sumido!”
Optei por me afastar um pouco de muita coisa nesse momento
de pandemia.
Algumas pelo cuidado com o risco físico e outras porque
colocavam em risco minha saúde mental.
É bem verdade que está difícil, principalmente no tocante à
saúde mental, viver com tanta tragédia e fatalidade ocorrendo, enfim, o mundo gira,
a vida segue e vidas se vão.
Tenho me dedicado em ajustar o meu “olhar pela vida”... a
minha visão do tudo como um todo e também em sua essência.
A morte tem sido uma consequência ativa ao menor deslize.
Nem precisa abusar, basta um pequeno descuido e mais que
nunca ela vem e leva alguém.
Um momento delicado em que as forças do universo tiraram para
nos mostrar que não temos o domínio de tudo. Que mesmo sendo em nosso planeta
os representantes da raça mais evoluída, conseguimos nos abster do fim.
Em algum momento tudo acaba e hoje, um simples toque,
contato e/ou aproximação é suficiente.
Eu tenho certeza de que é totalmente desatualizada a minha
lista de amigos e conhecidos que sucumbiram a essa força.
Não conheço as histórias. Sei que nem só por conta da
pandemia muitos tem partido, mas, sobretudo, sei que, seja lá por que motivo
for, nunca em minha vida vi tanta gente morrendo em um período tão curto de
tempo.
Assim também como não vi tantas pessoas adoecendo – também não
só pelo motivo de maior atenção no mundo hoje – e reclamando os mais diversos
tipos de problemas aliados ao temor de buscar ajuda médica e se expor à crise
viral ativa.
Não tem como alguém querer firmar que “tudo vai passar e
logo estaremos juntos”.
Quem seremos esses que estaremos juntos?
Nem mesmo quem fala pode garantir isso, seja pelo lado ou pelo
outro.
Por mais cuidado que tomemos estamos todos expostos e, em
muitos casos, vulneráveis.
Mais do que nunca vale a frase: “Cuide de sua vida!”
Mais do que nunca é verdadeiríssima a frase: “Por que a morte
é certa.”
Assim como a máxima é verdadeira: “Quem tem cuida...”
Vamos tentar olhar essa vida de forma diferente.
Vamos tentar entender melhor o que está acontecendo ao nosso
redor e com os nossos.
Muitos estão pagando com a vida, estão virando saudade, mas,
sobretudo, estão deixando uma história, experiências vividas e dores sentidas
no corpo.
Isso tem que valer para alguma coisa.
Tem que valer para nos mostrar que alguns hábitos devem ser
cortados e/ou evitados.

Que hoje podemos ser muito queridos e apreciados, mas na
hora do último adeus, uma minoria poderá estar presente seja lá pelo motivo que
for, mas, com certeza, um deles, será o medo. O medo afastará as pessoas nesse
momento culturalmente tão valorizado na vida do brasileiro.
Assim como outros, mais distantes ou compromissados, ficarão
apenas com a dor da última vez... Dor causada pelo prazer (sim, dor oriunda do
prazer) da última vez que se encontraram e puderam desfrutar de um espaço de
tempo da vida, pois, faltará tempo, para chegar em tempo e deixar um adeus.
Ou faltará espaço na limitação de acesso para poder se
despedir.
Não precisamos disso.
Não merecemos isso!
Busquemos evitar isso ao máximo possível, pois essa cena,
quem vive, com certeza não esquecerá jamais.
Pior ainda é lembrar que aquele amigo querido que há poucos
dias atrás estava conosco, sucumbiu à crise viral e, de quebra, ficar
alimentando o pavor de também poder ter contraído o vírus, fazer parte das
classes assintomáticas, sintomáticas e outras “máticas” que nos coloca como
vítima, vetor, ativo, passivo e outras classificações que só servem para nos
alertar que somos do “grupo de risco” para outras pessoas.
Vejamos a vida por outro prisma.
Sejamos mais sensíveis e reais.
Vamos dar mais valor ao todo e a tudo o que os que vão estão
nos deixando como alerta.
São muitas histórias cujo fim começa em dado ponto que se a
gente quiser, consegue identificar e observar a sua trajetória.
Sair de casa vamos mesmo... para o que sentirmos ser preciso
e que, nessa relação, são esteja encontrar o amigo para colocar a fofoca em
dia.
Mas, se vamos fazê-lo, que o façamos com segurança, com
distanciamento seguro e higienização necessária.
Lembrando que onde você encosta e onde você toca, com certeza
alguém também se encostou ou tocou.
Lembrando que aquele amigo que não apresenta sinais nenhum
de doença, poderá dentro de poucos dias apresenta-los (me referindo especificamente
ao COVID) e, talvez, por ainda não ter evoluído, naquele momento do seu
encontro e pela falta dos devidos cuidados, ter te contaminado e você
contaminado mais gente e assim dado sequência à linha de proliferação.
Bom.
Desnecessário também eu ter que ficar aqui me lamentando.
Voltarei para o meu mundo particular, tomando os cuidados e
sabendo que corro imenso riscos e torcendo, para que muitos se safem... que
muitos não sejam novidade na lista que repercute virtualmente dos que estão
partindo.
Ahhhh meu sumiço se dá sobretudo por isso.
“Muito me chateia ver pelas redes sociais o anúncio diário
de pessoas que se vão”.
É muita gente.
Nem só por Covid. Tem muitos por outros motivos, mas, ainda
assim em número muito maior do que o costumeiro num passado recente.
Fica o convite: “Vamos mudar o olhar pela vida, entender
melhor as mensagens deixadas no pós morte e evitar as armadilhas do universo”.
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