quarta-feira, 28 de março de 2012

A dor que dói em ti, quase nunca é a mesma que dói em mim.
A todos o meu boa noite. Escrevo esse texto às 23H48 e qualquer discrepância com o horário apresentado no post, será por conta das configurações do blog (possivelmente do fuso horário/país que eu não mexi e nem imagino onde se mexe nisso).
Pois bem, muito invocado fico com esse papo de dor.
Aos que me conhecem e aos que me acompanham, fica muito nítida a minha preocupação com isso, uma vez que muitas dores, de várias formas e intensidades, me assolaram (e assolam) nesses últimos tempos.
Vivo tentando descrevê-las, vivo tentando expressar para todos o que vivo sentindo, porém hoje – mentira desde uns dias atrás – tenho-me encanado muito.
Fiquei pensando no fato de, às vezes ao nos machucarmos, se comparado com qualquer outro tipo de acidente ou ferida, muitas delas de maior intensidade em outra pessoa, não observar no rosto do enfermo os mesmos sinais de dor que se apresentariam em meu semblante se estivesse vivendo aquele momento de debilidade física.
Está certo, estou mencionando uma dor (física) que eu não estava sentindo, mas sim projetando, porém, já me deparei em situações nas quais eu estava muito menos ferido (fisicamente) que outra pessoa, mas parecia que minha dor era maior.
Vai ver sou do tipo muito bunda mole, mas conheço tipos piores, que reclamam por muito menos.
Não obstante, e ainda em tempo, essa projeção da dor (fisicamente dizendo-se) me leva a pensar que dor é dor e independe do seu tipo, sempre terá maior ou menor valor para quem a sente.
Insensíveis, gélidos, frios, faquires... sei lá o nome que deve ser dado àquele que nega sentir dor – ou que a omite.
Até ver meus amigos comendo aquelas pimentas pra lá de ardidas, e sem classificação na linha do paladar, me causa dor... muita dor... um sofrimento muito incômodo, continuo me achando um fraco nesse quesito.
Muita dor já passei.
Dor de cotovelo, dor de amor, dor de barriga, dor de dente  (essa é muito chata), dor de saudade (saudade também faz doer),  dor de ouvido, dor de solidão, dor de decepção, dor de cabeça (essa sinto até hoje) e mais um monte de dores que nem vale listar, porém, para todas elas, sempre teve um ou outro tipo me contando uma história relacionada (a tal da experiência vivida) na qual esse ser sofria menos. Sentia uma dor de menor intensidade, isso quando a sentia.
Creio que por toda a minha vida adulta, eu tenho sofrido a dor de amor.
Essa a que mais me incomodou, a mesma que me fez sentir a dor da frustração, a dor da fraqueza, a dor desvalorização como humano.
Tem uns tipos que ainda insistem em tentar me incomodar (causar algum tipo de dor) mexendo nos meus erros do passado e/ou querendo azarar o meu futuro, profetizando possíveis outros tipos de dores frente às opções de vida que tenho feito.
Acho que ninguém devia brincar com nenhum tipo de dor.
Nesse momento focado especialmente na dor do amor, tenho tido a nítida impressão de ter encontrado o remédio.
Fiquem os matraqueiros com as outras dores:  de cotovelo, da derrota (tentou mas não conseguiu chegar onde eu cheguei), de consciência (toda vez que fica tentando cornetear o que eu vivo), do descrédito (toda vez que pensou que o que eu vivo não daria em nada) e a dor da decepção... essa sim, se Deus quiser, vai perdurar por muito tempo, uma vez que no pacto com a pessoa que está ao meu lado, onde fazemos de tudo para não fazer o outro sofrer (evitamos esse tipo de dor), temos criado um escudo que nos protege, nos rege e nos leva a seguir em frente juntos em tudo (ela sempre diz, tamosjuntosemisturados).
É muita dor.
Vamos tentar nos poupar desse sentimento ruim.
Se for para sentir dor, vamos sentir dor de barriga... essa passa fácil e nos permite fazer certas ecas da vida pelas quais não terá ninguém para nos cobrar.
Daqui pra frente evitarei falar de dor para as pessoas que seguem ao meu lado, pois bem sei que o que muito pode me doer, no outro pode nem cócegas fazer.
Foi dito e pronto!

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