terça-feira, 22 de setembro de 2015

NEM DEUS... NEM DIABO

Esse cara sou eu e acredito que nessa forma humana limitada, sejamos todos nós.
Sei que ao morrer eu não terei um busto erigido em minha homenagem em referência a alguma coisa boa que eu possa ter feito, mas, espero, de coração, que não fiquem histórias de maldades e desvios de caráter para serem contadas a meu respeito às gerações futuras.
Quando muito, com essa mania de escrever esses micro-livros, que alguém encontre no meio disso tudo alguma frase, ou citação que eu tenha deixado e que possa estampar em uma faixa mortuária ou, se quiser eternizar, que faça uma
placa para enfeitar a minha lápide e que permita a algum transeunte mais atento, ver o que um dia compartilhei com todos e que desperte nele o interesse de saber um pouco mais sobre as coisas que aquele que agora jaz pensava e "pregava" em seu tempo.
Cada vez mais acredito que a passagem no plano terrestre está ligada mais à evolução do espírito, da alma, que do corpo em si, pois esse, segue as leis naturais e se desenvolve até um certo ponto e desse ponto adiante... só se degrada, morre, aos poucos e literalmente dizendo-se.
O espírito não.
Esse pode ser alimentado e desenvolvido diariamente, até mesmo no leito de morte.
Para alimentar esse meu eu interior, procuro levar uma vida espiritualmente branda.
Os mal entendidos ocorrem, enfim, para os problemas parece que somos um imã natural, conseguimos atraí-los sem fazer qualquer esforço.
Problemas; trata-se de uma união de coisinhas chatas que muitas vezes nem fizemos mas acabam nos apontando como criadores da arte e permitindo que nos classifiquem como uma pessoa problemática, motivo pelo qual eu corro deles. Tenho um faro aguçado - que às vezes falha - para problemas e, sentindo o menor cheiro do dito cujo na caminhada da vida, sou o primeiro a correr e chamar as pessoas mais próximas de mim para me acompanharem.
Portanto, esforço-me sempre para não criar e nem participar da criação de problemas, independente de sua forma ou dimensão, pois, se há uma coisa que toma corpo rapidinho e gera muita confusão no tempo e espaço, é esse tal de problema.
Ainda não consegui fugir do hábito de falar muito, e olha que sou bem comedido se comparado a muitas outras pessoas, porém, esse ainda é um lado diabólico que me domina e me faz pensar muito.
Tá certo, muita das coisas que falo são diretamente aos interessados, ou, aos que eu acredito interessar, porém, essa atitude acaba fazendo com que o que foi dito passe a ter algum valor ou a ser considerado e muitas vezes acaba mudando as posturas das pessoas e, nesse caso, nem sei se para melhor ou pior. Essa responsabilidade me deixa incomodado, por isso, preciso ter mais papas na língua.
Não sou de espalhar energias negativas, mas sim prudência.
Por isso muito acham que sou disperso, quando na verdade, estou mais me protegendo, para não entrar em frias ou acabar sendo explorado por falsas situações criadas com intenções de ascenções pessoais individuais. Traduzindo:
Muitos me chamam para muitas coisas que demonstram o foco de ajudar alguém.
Eu adoro ajudar, mas com o tempo tenho aprendido e percebido, que além do alguém - que muitas vezes recebe uma parte da colaboração que por direito deveria receber - muitos outros acabam desfrutando dos lucros da ação e eu,
como nunca participo do lado da partilha, acabei assumindo ficar de fora de várias coisas desse tipo.
Isso não me faz mais diabólico, principalmente se entenderem os motivos que deixei de apoiar certas causas e, mais ainda, se entenderem que se todos tivessem a mesma postura e cobrassem maior transparência, comprometimento e sinceridade dos que nos convidam para tais atos, estaríamos sim nos tornando mais divinos. Fazendo com que a ação acontecesse conforme deveria e assim amparasse de fato quem necessita de amparo.
Pelas minhas convicções ser solidário ou ser assistencialista é divino e alimenta a alma, mas isso só acontece quando todos tem o mesmo objetivo, foco e interesse.
Sempre busco uma palavra amiga, sensata e imparcial, quando procurado como ouvinte no ato do desabafo de um problema.
Não que eu seja dono da verdade, até porque estou longe disso, mas sim pelo fato de estar de fora e poder usar um pouco de bom senso na avaliação do desenho apresentado.
Os que me procuram para tal, são amigos que confiam em mim a ponto de confidenciar o acontecido e esperam de mim uma resposta, demonstrando novamente a confiança na minha avaliação, considerando o fato de saberem que estarei sim de forma amável tentando encontrar uma saída que não o prejudique e tampouco complique a vida dos demais envolvidos.
Fora isso meu lugar é no muro, pois tenho ainda um lema que me rege: "Quem fica sabendo do problema ou da confusão, naquele exato momento também já faz parte dele" e basta lembrar que disso eu sempre corro.
Fico bem lá em cima olhando o que acontece.
Não apito, não sinalizo, não falo e não movo um músculo. Se você nunca viu, saiba que me torno uma estátua humana em cima do muro.
De lá vejo tudo o que acontece, ouço tudo o que falam e quando a coisa acalma de um lado, me movo, congelo novamente e fico xeretando outro ponto da vida ao meu redor, com postura invisível de ser onipresente e invisível.
Meus pecados são os pecados "brandos" na minha forma de julgar, mas essa não vale nada, só serve para me encorajar a mencionar alusivamente tais pecados.
Não mato, nem formiga como dizem algumas pessoas, não roubo nem beijo, procuro sempre ajudar, mesmo que às vezes atrapalhe, não gosto de mentir, mesmo sabendo que tem verdades que dóem e, nesse caso, prefiro omiti-las. Não sou de desejar a mulher do próximo, cada um com seus problemas, mas, confesso publicamente, que tem mulheres maravilhosas que acabo olhando sim... mas sou humano e aprecio belezas.
Gosto da troca de energia. Com um pouco mais de habilidade, acho que poderia me preparar e tornar um pregador de alguma religião, ceita ou aglomerado, que pudesse estudar e discutir mais o relacionamento humano baseado na troca de energias, pois eu tento mesmo trocar as positivas e, contrariando a lei da física, por outras e novas energias positivas que tenham para emanar.
No final das contas, sei que o justo julgamento virá e, no meu caso, quero estar no merecido lugar, mas sem deixar para os que conviveram comigo dúvidas e nem certezas, muito menos pontos de discussões que levem a tentarem me elencar como Deus ou Diabo na terra.
#foiditoepronto

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Fotografia. Profissão ou desafio pessoal?


Às vezes eu penso que escolhi por carreira uma das profissões mais complicadas do mundo.
Poucas outras carreiras que se enquadram no mesmo patamar, ou que atuam no mesmo ambiente e área de trabalho que a minha, refletem o mesmo tipo de dissabor profissional e chateação no momento da contratação ou venda do
serviço, já que minha área é totalmente voltada à prestação de serviços.
Independente do tipo de evento - entenda-se como evento todo e qualquer projeto para o qual me contratam ou que necessitam dos meus trabalhos - sempre elencam a fotografia como despesas. Nunca como investimento, só se lembrando da falta desse investimento quando tudo se degringola, quando acontece algum acidente que se relacione ao evento ou quando não há mais lembrança; ou quando alguém muito importante se despede, seja de qual forma for.
O fato é que, independente do tipo ou dimensão do evento, seja ele um simples ensaio fotográfico para registrar o seu "momento top", a sua fase especial ou mesmo aquele toque diferente que foi dado no visual ou, na mesma dimensão, o show daquela grande personalidade que visa gerar um bom retorno para os investidores e organizadores, a fotografia sempre é elencada como despesa e muitas vezes como uma despesa pesada, por menor que seja o valor praticado.
Estudamos, treinamos fazendo dezenas de milhares de clicks da mesma situação, condição de luz e tudo mais.
Investimos em equipamentos que nos possibilitem captar com a maior fidelidade aquilo que observamos.
Ficamos sempre atentos a desenvolver um olhar mais delicado ou específico e ideias de tratamentos digitais que se adequem à situação.
Buscamos nos transformar em pessoas agradáveis, apesar de sérias e francas, para não enganar ninguém e, no final de tudo, somos obrigados a conviver com situações muito chatas, nas quais os nossos fãs, pois clientes não agem assim, tem por mania elencar o nosso trabalho como caros ou, quando não, como presentes valiosos que podemos dar naquele momento que entende ser importante para o ego obter um registro nosso.
Eu, particularmente, já me fartei de passar pelo incômodo de ser convidado para eventos com a nítida esperança (velada) de que eu confirme a presença sim e preferencialmente leve minha câmera fotográfica.
Quando não, na maior deselegância, me convidam como presença VIP, ou seja, não preciso pagar a portaria, desde que eu esteja com a câmera fotográfica, pois sem ela, eu sou apenas mais um reles mortal que, assim como os demais, preciso dar minha colaboração para o caixa do evento. Nesse momento, as tantas vezes que colaborei financeiramente e ainda deixei a recordação dos momentos em que estive de passagem, como o "fotógrafo à paisana que não se contém e acaba fazendo a cobertura do evento" valem o mesmo que vale todo o carinho e consideração falsamente demonstrados: NADA.
Tenho a fotografia como uma magia prazerosa da minha vida.
Se eu pudesse, é claro, viveria pelas ruas com uma câmera fotografando tudo e todos, porém, satisfação pessoal não paga contas.
Por quantas vezes sou procurado por pessoas que estavam num evento em comum, no qual eu capturei imagens descompromissadas, compartilhei nas redes sociais elevando o ego dos fotografados com centenas de "curtir" e deixando um registro daquele momento que, no auge do fervor do evento, para eles não passava de uma bela recordação fazendo sucesso nas mídias sociais.
Passado o tempo, e isso tende a ocorrer com todos nós, alguém que estava presente se vai. Parte desse para outro plano. Aí, como se eu tivesse a responsabilidade de manter tal produto, visando o incômodo lucro pós morte, lembram-se que existia aquele lindo registro e me procuram oferecendo valores até desproporcionais, por uma cópia daquela foto para guardar como recordação.
Quando me contratam para algum trabalho eu aviso que guardo o material por até dois anos, passado isso, não o terei mais, motivo pelo qual entrego ao meu contratante uma cópia em alta resolução de todo o material capturado, numa clara transferência de responsabilidade e no justo retorno do valor (pequeno, porém, reforçando, justo para mim) investido.
Conselho: nessa situação procure o contratante, independente do tempo em que ocorreu esse fato tão triste.
Se ele não tiver o material, alegando que não o recebeu, significa que ele não me contratou para tal, que eu estava por lá de passagem e, assim como você, curtindo uma balada e, principalmente, não me cobre por isso, cobre sim os donos de casas de shows e eventos que deem esse respaldo e sempre contratem os

serviços de um fotógrafo para eternizar (como deve ser o papel da fotografia) momentos marcantes e agregar ao evento uma qualidade singular.
Já vivencie casos de quererem me contratar para horas e horas de trabalho, mas quererem me pagar uma bagatela que mal cobriria as despesas de transporte e alimentação. Humilhante isso, assim como é humilhante a cara de pau (isso mesmo) da organização ao vir me fazer proposta de fome esperando obter um produto de alta qualidade.
Infelizmente, após tantos anos e reconhecimento no mercado, não vivo a situação de ter que ficar demonstrando para ninguém o meu talento ou a qualidade do meu trabalho. Isso ocorre naturalmente ao verem minhas fotos e se identificarem com elas. Educadamente agradeço a esse tipo de oferta de apoio, porém, dispenso!
Nos eventos tudo é elencado com todo carinho, quando se prestam a fazer um evento sério:
A equipe de divulgação tem seu preço, mesmo que essa fique apenas atrás do computador ou telefone fazendo suas "panfletagens virtuais", pois é esse o combinado e oferecido pelos promoters, e, no dia do evento, além do valor combinado para a prestação do serviço, muitos tenham direito a camarotes e isento de despesas de sobrevivência no local.
Acho legal, valorizadíssimo, enfim, são os que ajudam a fazer a festa.
Seguranças, sempre alinhados - ou não e, nesse caso, na condição de "agentes secretos" - independente das ocorrências que existam, entendendo-se que a não existência de ocorrências também se deve à boa atuação desses profissionais, também tem seu valor elencado e bem visto dentro do evento.
A equipe da limpeza e manutenção do ambiente, os caixas, o povo da recepção (portaria) e até os flanelinhas. Todos tem seu valor apropriado, bem visto e pago sem reclamações.
Não me estenderei às atrações dos eventos, pois sem eles não teria motivo para o público estar presentes e, para cada qual, sua presença só será efetivada mediante o pagamento do que se foi acordado, o que nunca é caro, pois se contratado, é porque toda a estrutura e público tem condição de fazer valer à pena ao final.
Aí, vem a fotografia.
Entendo que hoje a fotografia do celular nesses eventos é muito mais rápida, tem uma qualidade legal e talvez seja suficiente para muitos e, para esses, eu só agradeceria se não me tomasse o tempo de formular proposta de um produto que não cabe para o seu evento.
Tem tudo aí.
Qualidade, imediatismo de postagem e o que mais precisar.
Para aqueles que gostam de fazer graça e ter uma equipe de fotógrafos (ou não, pode ser aquele único que a galera já está acostumada) apenas para fazer constar e poder dizer que ELE (o fotógrafo) estava registrando, fica o conselho:
Fotógrafo não faz parte da organização do evento.Não o atrele à possibilidade de sucesso ou não do evento, pois isso é problema da equipe de promoção.
Entenda que para fazer esse tipo de serviço qualquer fotógrafo que se preze vai querer receber o valor do seu serviço, no mais tardar, assim que chegar no local do evento... e isso se falando de clientes considerados confiáveis, aqueles para os quais já estamos acostumados a fazer vários trabalhos, pois não há condição de fazer duas horas de fotografias e ter que esperar mais duas, três ou quatro horas para o fechamento do caixa e correr o risco de depois dessa ação ainda ouvir o famoso "não deu lucro", "Não vai dar para te pagar", "deu ruim, como podemos fazer?".
Isso não é problema do fotógrafo pois ele, assim como todos os demais envolvidos, trabalhou, gerou um pacote que vai precisar de mais horas e horas de tratamentos e ajustes para se "revelar" aquilo que foi visualizado e não estava por lá de brincadeira ou curtição, mas sim, zelando pelo seu nome e pela sua profissão.
Nem perca tempo de me procurar se não tiver como me pagar na contratação do evento, na assinatura do contrato.
Casamentos.
Infelizmente já presenciei vários casos de casamentos que, sintonizados na correria da vida e no acelerado passar do tempo nos dias atuais, me contrataram para a cobertura, solicitaram dividir em duas ou três vezes - sendo que a procura emergencial sempre se deu em cima da data do evento.
Quando muito me pagaram uma entrada e nem deu tempo de receber o restante, pois no decorrer do tratamento digital já haviam se separado.
Debutante é outro trabalho que tem me dado muita pena em certos casos e esses principalmente das filhas de amigos de longas datas, colocando em risco até mesmo a amizade existente.
Existem pais e responsáveis que, para realizar o sonho da querida filha, contratam a maior cobertura fotográfica.
Com o reforço no  pedido para que não deixe-se escapar nenhum detalhe do evento, pois esse é muito importante, porém, nunca mais dão sequencia ao acordo comercial firmado e o grande sonho do registro, fica limitado às câmeras de celulares ou digitais de parentes que fizeram apenas um registro pessoal, para não deixar de ter rapidamente alguns clicks do evento.
Creio que muitos outros fotógrafos se identificarão nessa postagem e entenderão o porquê da fotografia ser um produto caro, principalmente para nós que vivemos disso, pois, para os demais, caro é dar valor para algo essencial.
Darão valor sim. Depois. Lá na frente quando forem fazer um novo evento e precisarem de imagens daquele de sucesso que fizeram há algum tempo atrás, mas para o qual as imagens existentes não atendem à necessidade premente.
Quando, como já mencionado acima, uma pessoa querida falece.
Quando a criança aniversariante cresce e se lembram que havia aquele registro lá do passado como único com qualidade do evento que se foi a tanto tempo.
Darão valor quando verem que o tempo passou e levou consigo a história e aí, querem nos procurar para comprar algumas fotos do casamento falido que existiu - já passei por isso, mesmo sem saber ao certo qual o intuito de se querer o material e com uma desconfiança dos motivos alegados.
Quando a debutante do passado estiver se preparando para se casar e lembrar que na foto dos seus 15 anos, tem registro de amigos e familiares que será muito legal recuperar para apresentar no "videobook" do casamento.
E assim vai.
A fotografia se apresentando como uma despesa chata e incomoda nos dias atuais, mas que, no futuro, pode trazer ao fotógrafo (que será chamado de sem escrúpulos, por se aproveitar de uma situação de necessidade alheia) lucros imprevisíveis dada a sua valorização temporal.
#foiditoepronto

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Estrada da Vida

http://foiditoepronto.blogspot.com.br/2015/09/estrada-da-vida.html Eis que a vida toma um rumo incerto.
Um caminho inesperado, não programado, surpreendente e desafiador.
Isso acontece todos os dias com centenas de milhares de pessoas, seres pensantes com os mais diversos tipos de sonhos e planos
Nada acontece por acaso.
Nem mesmo os nossos pensamentos, anseios, vontades e sonhos.
Não acredito na predestinação e isso eu já tenho deixado claro para todos há muito tempo.
Acredito sim que nós traçamos os nossos caminhos, nós damos os passos que nos levam para a frente e para algum lugar.
A única coisa é que nem todos os caminhos são asfaltados ou retilíneos como esperávamos que fossem e, nesse caso, os obstáculos acabam nos assustando, nos fazendo parar ou desviar do caminho traçado.
Por isso acabamos tomando outros rumos ou aceitando a tentação de pegarmos algum atalho ou desvio. Muito na tentativa de nos proteger, de não cair nas armadilhas, mas muito mais por falta de coragem de enfrentar o desconhecido.
É incrível como uma pequena mudança de rota pode ser tão crucial para o resto da caminhada.
Muita gente mudou o rumo e se deu bem, porém, isso não é tônica e não pode ser utilizado como exemplo ou justificativa para todos, já que na maioria das vezes em algum momento acabamos nos arrependendo de ter escolhido os atalhos.
Por quantas vezes andamos no escuro?
http://foiditoepronto.blogspot.com.br/2015/09/estrada-da-vida.html
Seguimos em frente, passo a passo, confiando numa luz interior que sempre acreditamos nos guiar para o nosso ponto desejado.
Por muitas outras vezes surgiram vozes nos guiando para nos tirar da escuridão e nos colocar no caminho certo e, para essas vozes, demos um nome específico, carinhoso e valioso: AMIGO.
A família sempre foi o farol que nos guiou. Na posição de pai e mãe sempre estiveram imensos e potentes faróis que passaram o tempo todo iluminando muito além do que podíamos ver, porém, em dado momento da vida, optamos por encarar essa luz de frente e, por ela nos ofuscar a visão, tratamos de dar as costas, mudar o rumo e seguir, mesmo que na escuridão, o caminho que entendemos ser melhor para nós.
A essa atitude também acabamos dando um nome único: Liberdade.
Uma vez livres seguimos, escolhendo caminhos, pontos de parada, pontos de chegada e ainda assim, mesmo que sem rumo certo, ou sem a real noção do que encontraríamos à frente... caminhamos.
Se chegaremos onde queremos, onde pensamos chegar ou onde julgamos que seja o lugar que o destino está nos enviando - para os que acreditam assim ser - já são outros quinhentos.
Ainda dependerá dos obstáculos do caminho e dos atalhos que optaremos pegar, principalmente se não houver uma voz que nos guie ou um farol que ilumine o nosso caminho.
Sorte?
Será?
Destino?
Sei lá.
Prefiro acreditar que foi uma questão de escolhas.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

As 24 horas

Nosso dia, considerado entre as 24 horas para as quais contabilizamos mais um dia de vida, temos uma imensidão de oportunidades para edificar algo.
Realizamos sonhos, criamos expectativas, traçamos metas, buscamos objetivos, fazemos o trivial, damos passos maiores que as pernas, ajudamos no que é preciso e até atrapalhamos mesmo sem querer.
Ficamos inertes à ação do tempo ou corremos, para não perder, ou até mesmo para recuperar, o tempo perdido.
Pedimos um monte de coisas a Deus e buscamos dar o suficiente ao próximo, ou, para nos redimir dos pecados, fazer algo de bom que alivie um pouco a carga a ser julgada em algum momento da sobrevida.
Incontavelmente rogamos pelo pão de cada dia e lutamos para que esse não falte e que a falta de empenho não seja atribuída à sobra de necessidades.
Andamos pelas ruas contando os passos, cantarolando - mesmo que em pensamento - uma canção marcante, às vezes olhando para o alto em busca de uma visão agradável, outras olhando para o chão, procurando por algo perdido que possa nos servir e que possamos atribuir à sorte, que na maioria das vezes não parece estar ao nosso lado.
Às vezes olhamos para a frente, com o olhar imponente de quem está em movimento prometendo atropelar quem cruzar o caminho, na mais pura exibição de poder e existência.
Muitas vezes topamos com nós mesmo, na figura de outro alguém fazendo alguma coisa que juraríamos que faríamos da mesma forma, ou até melhor, enfim, sempre há uma oportunidade para julgar e, mesmo que discretamente, criticar algo. Seja o que estamos presenciando ou o que nos foi relatado, desde que nos coloquemos no lugar de quem está praticando - ou praticou - tal ato.
24 horas para exercitar a vida, relaxar, cansar e descansar, falar e ouvir, pensar e expressar... se expor e sempre refletir.
24 horas para avaliar, ponderar, classificar, reposicionar, planejar e seguir em frente, sempre confiando que a cada passo e a cada ação, há uma força maior que nos inclina a fazer o que julgamos ser correto. Seja tal ação abençoada ou não por aqueles que estão ao nosso redor.
É Deus no comando e a vida que segue, sempre com a nossa ação direcionadora nos levando rumo ao sucesso ou ao fracasso.
Cabe a cada um de nós avaliar bem nossas posturas e decisões, enfim, desde criança aprendemos o que (e como) devemos agir com a nossa vida.
Não estamos aqui por acaso.
Todos temos um papel a cumprir.
Nada fica sem um retorno.
Para cada ato sua recompensa ou a sua punição... ainda em vida!
#foiditoepronto.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Saudade... é a palavra



Hoje quero falar de saudade
Aquela coisa que cutuca a gente
Que não respeita tempo nem idade
Que aperta o coração e aguça a mente

Sentimento arredio e forte
Tão forte que até nos faz chorar
Choramos a vida e a morte
Quando a saudade não nos faz voltar

Saudade sentimento bandido
Chega na gente sem pedir licença
Saudade deixa o coração partido
Castiga forte... não tem clemência

Saudade daqueles que de nós partiram
Saudade de tudo o que deixamos pra trás
Até de certas coisas que nos divertiram
E que hoje já não nos encantam mais

Saudade latente em um amarelo sorriso
Saudade evidente na lágrima que cai
Saudade iminente, no olhar perdido
Saudade até de quem não foi, mas que um dia se vai



Saudade dos prazeres e gostos perdidos
Saudade dos amores que nos enfeitiçavam
Saudade dos sabores que foram esquecidos
Saudade dos sons que outrora ecoavam


Saudade... um ponto no tempo que ficou pra trás
Uma história na vida que não volta mais
Saudade é uma armadilha que a vida nos arma
Para que aprendamos aproveitar de tudo 
No exato momento em que o tudo se faz...

Saudade... saudade... saudade...





#foiditoepronto

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Casal?!?!? Nós formamos?!?!?

Olha nós!!!
Eu e você.
Você e seu amigo.
Você e ela.
você e ele...
Ela e quem quer que seja.
Ele e seja lá quem Deus quer que seja...
Olha essa foto.
Basta colocar-se no lugar do boneco que melhor te agradar.
É só olhar uma imagem dessa e rapidamente dirão, trata-se de um casal.
De fato é sim, seja lá qual for o agrupamento ou o motivo pelo qual formam um casal.
Esse em especial me leva a uma pequena viagem.
Estão ali... estáticos, com cara de felizes e um ao lado do outro.
toda vez que vou a esse local eles estão ali... juntinhos.
Parceiros.
Até mesmo no isolamento, sem se esconder de quem quer que os veja.
Todos os casais, de amigos ou não, poderiam pensar um pouco no que diz respeito à parceria.
Isso se expande também à outros tipos de casais, uma vez que o mundo mudou e hoje é possível ver casais (muitos ainda reclamam dessa definição) do mesmo sexo.
É o companheirismo. Com um pouquinho de observação e vontade de descrever o que se vê, podemos perceber que pra estar junto não precisa estar sempre do lado, mas manter-se sempre por perto, independente do momento - bom ou ruim - ou do estado emocional, pois às vezes, a simples presença, como quer que ela se faça sentir, faz uma enorme DIFERENÇA e nos torna um para o outro ESPECIAIS.
Acho que vale dissecar um pouco mais esse pensamento.
#foiditoepronto





*** foto de decoração do Bar e Restaurante Na Casa Dela em Piracicaba ***

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Reflexão sobre a amizade - DIA DO AMIGO!!!!



Hoje é um dia especial.
Dia 20 de Julho...

DIA DO AMIGO.


Carlos Oliveira Fotografias®
Confesso que antes do advento das redes sociais eu nem imaginava que esse dia existisse.

Era uma fase onde meu rol de amigos era pequeno, pois a grande maioria dos seguidores e contatos dos sites de relacionamento se posicionam como amigos da gente o que nos dá a impressão de termos centenas e quando não, até milhares de “amigos”.

A bem da verdade muitos o são, pois acabaram migrando do dia a dia para o universo virtual, ou os conhecemos nesse universo e, tendo um contato presencial ou não, acabamos por estreitar o relacionamento de forma tão carinhosa e intima, que nos tornamos amigos.

Um dos lados bons desse universo.

Por outro lado, sinto a necessidade de tratar isso com certa delicadeza.

Considerando o fato de termos amigos dos mais diversos tipos e estilos, virtuais, ou não, reais mais íntimos e outros tantos mais distantes.

Amigos de todos os momentos e outros de momentos específicos... fica um pouco complicado fazer uma justa homenagem a todos sem causar uma ponta de ciúme ou uma grande possibilidade de intriga.

Tenho amigos hiper ciumentos, em qualquer desses universos ou condições especificadas acima e sei que uma homenagem mais focada causaria um transtorno imenso podendo se estender até para os dias vindouros.

Eu já não me incomodo mais com certas coisas, mas confesso que gostaria de ter o contato “daquele” amigo nesse momento, já que a data arremete a isso, me ligando, me visitando ou me mandando uma mensagem imensa, bonita e chamativa, destacando o valor de nossa amizade.

Mas quem seria louco o suficiente para tomar uma postura dessas, por mais sigilosa que ela fosse, sem se sentir injusto ou sem se arrepender logo em seguida, pensando que deveria fazer isso para muitos outros e que, por um ou outro motivo, não estivesse sendo falso consigo mesmo ou falho com outros nomes que também viriam à mente causando um ponto de reflexão?

Pois bem, assim sendo, vou logo usando a formula da boa divisão... ou damos para todos ou não damos para ninguém.

Mas, para causar uma pontinha de curiosidade, irritação e questionamento, confesso que mantive contato sim com alguns do meu dia-a-dia - que estão sempre coladinhos comigo, querendo saber de mim e compartilhando os seus – e deixei sim uma mensagem alusiva à data.

Não tive esse peso de consciência, se por acaso deixei de lado algum tão especial quanto, até porque ao final de tudo – ANTES DE ESCREVER ESSAS LINHAS – acabei por concluir que essa data nem tem esse poder todo que talvez quisessem que ela tivesse quando a criaram.

Talvez seja mesmo algo para fazer funcionar o espaço cibernético.

Para criar propagandas e uma ponta de consternação no coração do povo, ou seja, comercialzinho que vem crescendo com o tempo, mas que permite – e merece – um momento de reflexão.

Seja você meu amigo assim ou assado.

Do facebook, do twitter, do google plus, do telefone ou da balada... seja ela qual for, sinta-se homenageado.

Não sou louco a ponto de me negar a participar de um evento de tal monta.

Mas não serei louco também de prestar uma clara, direta e declarada homenagem para uma meia-dúzia de tão bons e queridos do meu dia-a-dia, deixando todos os demais que me tratam com tanto carinho fora de uma consideração formal.

Os de todos os dias e sem hora para contato, já deixei meu beijo... meu abraço, porém, como mencionei... são amigos de um grupo em si e, assim como todos os outros... já estão classificados: AMIGOS.

Amo-os todos... mas vale refletir um pouco.

Sobre... EU!!!!

Eu não escondo de ninguém meu sentimento.
Já passou a fase em que eu me preocupava com o que os outros pensavam.
Na verdade, 98% das pessoas que me rodeiam não entendem. Encontram algum problema, alguma dúvida ou desconfiança e até mesmo algum pensamento para justificar aquilo que acham.
Ao contrário do que muitos possam pensar, eu não sofro por me sentir atraído por alguém, e escrevo nesse momento para ressaltar isso.
Ainda na linha contrária da normalidade, eu amo!
Me sinto amado, pois não acho que a intensidade do amor interesse quando a gente pensa em cobrar algo do sentimento.
Acho sim que amor é amor.
E isso já basta.
Das infinitas formas de amar, ressalto que não vale se com maior ou menor intensidade, eu entendo que o ser humano precisa única e exclusivamente encontrar e conhecer o amor... sentir-se amado, querido, protegido e valorizado.
A partir do momento que você se permite e permite a alguém fazer-te amado, amar ou mesmo aprender a valorizar tal sentimento... tudo passa a ter um outro sentido.
Amor não pode se resumir a sexo, assim como a falta de sexo não pode denotar a falta de amor.
Amor é amor.
Cada um o assume dentro dos limites que pode.
Não é porque a pessoa não te diz EU TE AMO, que ela não tenha oportunidade de - ou não possa - te demonstrar a existência desse sentimento.
Sagrado é o sentimento... sagrado é o amor.
Maldito o ser que não o conhece, duvida ou o menospreza, pois, um dia, quando se ver invadido por um sentimento especial por alguém, verá o tempo que perdeu em não vivê-lo em sua plenitude... dentro do espaço que esse lhe oferece.
Maldito aquele que não assume, independente de sexo, credo ou cor, preocupado com o que dirão, pensarão ou farão... ao reconhecer a força de tal sentimento.
Tenho pena daqueles que o escondem, daqueles que não entendem e dos demais que não conseguem conciliar o ato de amar ao sentimento de ser feliz.
Quando se ama, a felicidade não está em demonstrar para os outros que a recíproca, além de verdadeira, está na mesma intensidade sendo declarada para o mundo.
Mas sim em fazer com que os envolvidos sintam-se especialmente eleitos pelo outro... alguém que além de prazer e satisfação, lhe traz a preocupação com o tato, com o cuidado e com o bem-estar.
Eu amo... e me sinto amado.
Graças a Deus eu tenho quem me assume como especial, quem se sente especial para mim... quem sabe que eu não preciso dizer nada, mas que se precisar, por essa pessoa eu farei tudo.
Não escrevo para causar inveja, tampouco para me blindar, mas para compartilhar o despojo de alguém que vive os melhores momentos da vida ao lado de quem muito significa e muito faz, para deixar claro sua presença, meu valor e importância e, sobretudo, a força que nos une e nos faz felizes assim como somos um para o outro.

Texto originalmente publicado no meu perfil facebook em 17-07-15

Sobre o Amor (2)

Eu sempre acreditei no amor, independente de sua classificação.
Sempre senti que o amor fosse algo divino e, por assim ser, carinhoso, dadivoso, imensurável - ninguém ama mais que ninguém... todo mundo apenas ama - incondicional, íntima, singular, inconseqüente e ao mesmo tempo responsavelmente... de qualquer forma resumindo-se em... amor.
Muitos me acompanham... poucos me entenderão, mas muitos me respeitarão, até mesmo sem saber porquê e, por carinho, falta de intimidade ou insegurança, dentre outros motivos, não me questionarão.
Se há alguma dúvida... Eu amei alguém... Eu amo alguém...
Eu mantive a cada minuto... a cada respiro... A cada ato de vida... essa chama acesa em mim e jamais questionei, relutei, me bloqueei... 
Até que as coisas começassem a mudar e tais mudanças justificassem e eu entendesse, aceitasse que era momento de parar... E de deixar a vida fluir, de entender que o meu amor não era suficiente, que não mais completava... Que não servia mais e que havia chegado momento de permitir que novos amores aparecessem e assumissem o seu lugar... Até que eu entendesse que que aquele amor não era mais para mim...
Não adianta a ninguém dar amor para quem não te ama suficientemente... Nem mais e nem menos... Apenas em suficiência... Não adianta ser um amor incompleto, pois ninguém quer "amor aventura", e por mais que você pense estar dando tudo... chegará o momento em que vc perceberá que seu tudo... Não é suficiente e, sabe por quê???
Se não sabe não se preocupe... Não lhe cabe saber... O amor só é declarado enquanto sentido, sem banalidade, sem falsas intenções... Sem dó...
Fora isso não há amor aceite que ele simplesmente acabou e boa... Por que???
Não te interessa também, ou simplesmente não se tem como explicar. Omite-se a explicação ou o inexplicável e boa... Cada um com o seu problema!!!!
Foi assim com milhares e milhares de pessoas na face da terra... Não sou o único e nem serei o ultimo ser humano a sentir ou a viver isso.
Pois bem, o amor à pessoa em só continua... A responsabilidade pela pessoa, pela integridade do ser humano sempre estará presente, mas a falta de reciprocidade, de demonstração de interesse por ti, te fará ver que há um desnível, mas há também um compromisso moral de ti para si mesmo, que faz a diferença, que te faz assumir amar e te leva a entender que a possibilidade de um amor maior é latente, possível e acontecerá...
O amor não é volúvel, nem tampouco bipolar, mas ele muda conforme a necessidade.. Ele vai e vem.
Então, bora ser feliz, com o antigo amor que ainda possa existir forte, mas sem o gostinho de outrora ou com o novo amor que esteja se esforçando para renascer...
Permita-se, viva, redesenhe, reconstrua ou construa, se for o caso, com a antiga pessoa uma nova história de amor...
😜😜😜😜
Amar alguém especial de uma forma tão especial quanto o sentimento... Eu acredito, vele a pena!


TEXTO ORIGINALMENTE PUBLICADO NO MEU PERFIL FACEBOOK EM 01-05-15